Conforme já escrito aqui no Observatório do Autista, o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um Transtorno do Neurodesenvolvimento, no qual a causa é desconhecida, porém existem fatores de risco que são considerados como a prematuridade, diabete gestacional, idade avançada da mãe etc.
O Centro de Convenções da Pensilvânia publicou, no dia 05 de abril, a respeito da Ressonância Magnética em pessoas com TEA. Na publicação afirmaram que criaram a hipótese que pacientes com TEA apresentariam, nos estágios de desenvolvimento, anormalidades específicas na região da anatomia cerebral.
“Usamos ressonância magnética cerebral clínica retrospectiva dos fetos que foram diagnosticados como TEA em idade avançada para obter biomarcadores volumétricos regionais mais precoces baseados em ressonância magnética. Trinta e nove fetos (idade média 24,87 ± 5,05 semanas gestacionais [GW]) foram incluídos neste estudo (9 pacientes com TEA prospectivos, 20 controles neurotípicos, 6 controles sem TEA com comorbidades neurológicas observadas nos pacientes com TEA prospectivos, e 4 controles sem TEA com comorbidades não neurológicas observadas nos pacientes com TEA em perspectiva.”
Nos resultados obtidos, a ínsula/lobo insular apresentou volume estatisticamente significativamente maior no TEA do que nos três grupos de controle na comparação lobar. Com isso, foi possível perceber que, na comparação regional, o grupo TEA apresentou comissura hipocampal, amígdala, e ínsula estatisticamente significativamente maiores em comparação aos controles sem TEA com comorbidades neurológicas e não neurológicas.
Em suma, os resultados sugerem que um volume aumentado da ínsula/lóbulo insular pode ser um forte biomarcador de ressonância magnética pré-natal que poderia prever o surgimento de TEA mais tarde na vida.
Com isso, podemos entender a correlação estabelecida e estudada, mas também podemos questionar a respeito desse surgimento, visto que tantos outros estudos científicos afirmam que o Transtorno do Espectro Autista é genético.
Para ler o texto na íntegra acesse: https://www.eventscribe.net/2022/EB2022/index.asp?presTarget=2001481.
Referências
CARVALHEIRA, Gianna; VERGANI, Naja; BRUNONI, Décio. Genética do autismo. Brazilian Journal of Psychiatry, v. 26, n. 4, pp. 270-272, 2004. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/rbp/a/pQT5d9NrjtgpDntk3qcgXhw/?lang=pt#>. Acesso em: 14 de abr de 2022.
COUTINHO, João Victor Soares Coriolano; BOSSO, Rosa Maria do Vale. Autismo e Genética: Uma revisão da Literatura. Revista Científica do ITPAC, Araguaína, v.8, n.1, Pub.4, 2015. Disponível em: < https://assets.unitpac.com.br/arquivos/Revista/76/Artigo_4.pdf>. Acesso em: 14 de abr de 2022.
Ressonância Magnética do Cérebro Fetal Humano (MRI) indica o Futuro Surgimento de Distúrbios do Espectro do Autismo. Centro de Convenções da Pensilvânia, 5 de abr de 2022. Disponível em: < https://www.eventscribe.net/2022/EB2022/index.asp?presTarget=2001481 >. Acesso em: 13 de abr de 2022.
SANTOS, Camila Alves dos.; MELO, Hugo Christiano Soares. A Genética associada aos Transtornos do Espectro Autista. Conexão Ci, Formiga, MG, Vol. 13, Nº 3. p. 68-78, 2018. Disponível em: < file:///C:/Users/User-pc/Downloads/756-Texto%20do%20artigo-5003-2-10-20181011%20(1).pdf >. Acesso em: 15 de abr de 2022.