Um Programa de TP exige aperfeiçoamento das habilidades do cuidador até alcançar o status de co-terapeuta mas preserva o papel principal dos pais que é de “pais” propriamente! É importante dotá-los de organização, confiança, motivação e autonomia para participarem ativamente do tratamento e por isso grande parte dos programas sugerem que as primeiras ações de estimulação da criança devam ser realizadas presencialmente em conjunto (terapeuta, família, educador se for o caso) para que o profissional possa apresentar o modelo de intervenção. Se isso não for possível, é importante maior atenção dos cuidadores quanto a:
- Ambiente: preparado de forma a manter a atenção da criança (preservar objetos de interesse, excluir itens que aumentam a distração).
- Previsibilidade e intencionalidade: a criança deve ser informada previamente das ações que serão feitas e suas consequências, independente de demonstrar aparente desentendimento. Use modelo verbais, visuais ou físicos se necessário. Estimular a iniciativa e protagonismo através de situações que premiem a criança de acordo com suas preferências.
- Manutenção das habilidades alcançadas: habilidades são adquiridas, em geral, com condicionamento, repetição e premiação. Mesmo alcançado o objetivo de determinada atividade, muitas vezes é importante mantê-la em execução para minimizar as chances de regressão ou confirmar a aquisição das respectivas habilidades.
Um Programa de TP pode ser implementado da forma convencional com os profissionais treinando os cuidadores presencialmente ou por meio de tecnologias de teleconsulta, telemonitaoramento ou teleconsulta como explicado no último post sobre o assunto. O aplicativo ODAPP neste caso é uma das alternativas para a implementação de um Programa de TP completo.