Quando um pai, mãe, ou familiar me perguntam o porquê seus filhos não se comunicam através da linguagem, ou o porquê não respondem quando são chamados pelos seus nomes, a primeira questão que pontuo é a necessidade e a importância da busca pela intervenção fonoaudiológica, para entender se há algum comprometimento na audição e na linguagem. Isso porque, segundo Russo (2022), uma das características do TEA é o comprometimento da linguagem, seja oral ou escrita, bem como o comprometimento na comunicação verbal e não verbal. Diante disso o(a) fonoaudiólogo(a) é o(a) profissional capacitado(a), estudado(a) para trabalhar tais questões.
Sabe-se que é muito importante um trabalho multidisciplinar, visto que vários aspectos da vida da criança com TEA precisam ser trabalhados e dentre os múltiplos profissionais tem-se o(a) fonoaudiólogo(a), que é responsável por tratar os problemas relacionados à linguagem e aos distúrbios da fala.
O(a) fonoaudiólogo(a) é responsável por atuar no desenvolvimento da criança a fim de reduzir os impactos do TEA referentes a fala e a audição, ampliando a independência funcional e cognitiva da mesma. O objetivo desse profissional é fazer com que a criança se comunique da maneira mais funcional possível.
Com isso uma avaliação é realizada a fim de trabalhar habilidades sociais e de comunicação, identificando quais as dificuldades serão trabalhadas e estimuladas no decorrer do tratamento com o(a) fonoaudiólogo(a).
Muitas vezes a criança com TEA necessita fortalecer os músculos da mandíbula, da boca, e do pescoço ou até mesmo precisa treinar os sons para permitir que a fala fique clara. Também é importante entender que o(a) fonoaudiólogo(a) trabalha a combinação das emoções com as expressões faciais e a compreensão da linguagem corporal que muitas vezes estão comprometidos.
Vale ressaltar que essa intervenção deve ocorrer de forma precoce, pois é importante que esse processo se inicie logo após o diagnóstico, a fim de que as avaliações multidisciplinares e os programas individualizados sejam realizados para alcançar o contexto em que a criança e sua família se encontram, diante disto as dificuldades subsequentes terá menor impacto na criança.(REIS; PEREIRA; ALMEIDA, 2014).
Na ODAPP o(a) profissional fonoaudiólogo(a) pode realizar suas intervenções com o auxílio da plataforma, fazendo suas coletas de dados e planejando seus atendimentos. Para mais informações acesse: www.odapp.org.
Obrigada por me acompanharem até aqui. Até o próximo texto!
Referências
GUEDES, Camila Medeiros Gotardo; Uvo, Mariana Ferraz Conti. A importância da intervenção precoce no TEA: revisão sistemática da literatura. Anais Eletrônico XII EPCC. UNICESUMAR – Universidade Cesumar, p.1-9, 2021.
REIS, H.I.S.; PEREIRA, A.P.; ALMEIDA, L.S. Intervención precoz nas perturbacións do espectro do autismo em Portugal. In: CASAS, C.L.J. (org.). Maremagnum: ansiedad, acoso e inclusión en las personas con autismo. Galícia: Espanha, 2014. p.47-55.
RUSSO, Fabiele. O papel do Fonoaudiólogo no TEA. Fev de 2022. Disponível em: https://neuroconecta.com.br/o-papel-do-fonoaudiologo-no-tea/#:~:text=O%20fonoaudi%C3%B3logo%20atua%20no%20desenvolvimento,maneiras%20mais%20%C3%BAteis%20e%20funcionais.. Acesso em 16 de fev de 2022.