Este estudo mostra que impressões clínicas sugerem um perfil sexual diferente entre indivíduos com e sem TEA. Atualmente, pouco se sabe sobre a demografia da sua orientação sexual. A Orientação Sexual foi pesquisada em uma amostra internacional on-line de indivíduos com TEA ( N = 309, M = 90, F = 219), com idade ( M = 32,30 anos, DP = 11,93) e isso foi comparado a orientação sexual de indivíduos em desenvolvimento típico ( N = 310, M = 84, F = 226), com idade ( M = 29,82 anos, DP = 11,85). Os resultados sugerem que a orientação sexual depende do diagnóstico ( N = 570, χ 2 (9) = 104,05, P <0,001, φ = 0,43). No grupo com TEA, 69,7% da amostra relatou não ser heterossexual, enquanto no grupo TD, 30,3% relataram não ser heterossexual. O grupo com TEA relatou taxas mais altas de homossexualidade, bissexualidade e assexualidade, mas taxas mais baixas de heterossexualidade. Os resultados apóiam a impressão de que a não heterossexualidade é mais prevalente na população autista. O aumento da não heterossexualidade no TEA tem implicações clínicas importantes para abordar preocupações únicas dessa população e sugere a necessidade de programas especializados de educação sexual para populações autistas, para maior apoio e conscientização.