Modelo criado no final da década de 1960, na Universidade da Carolina do Norte (UNC), nos Estados Unidos, chamado Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Déficits Relacionados à Comunicação (TEACCH®, na sigla em inglês), é a proposta baseada em evidências adotada por diversos profissionais para trabalhar os problemas relacionados à comunicação e ensinar habilidades.
O modelo tem como princípios que o ambiente organizado, o ensino estruturado e a previsibilidade (o que fazer, onde fazer, como fazer, o que fazer em seguida) favorecem o desenvolvimento e a aprendizagem de pessoas com autismo. Com isso, é esperada a diminuição dos comportamentos disruptivos, a ampliação do repertório comunicativo e o aumento de engajamento nas atividades e do entendimento do que se deve fazer (com compreensão, não somente por repetição mecânica). A ideia é que, com o uso do TEACCH®, a criança com autismo conquiste cada vez mais autonomia e melhore sua capacidade de compreender o que as pessoas comunicam.
O uso de imagens para ajudar a criança com autismo a se valer de instruções visuais e assim aumentar seu poder de comunicação é uma das marcar do modelo. Por exemplo: objetos sinalizadores, fotografias, ícones, pictogramas, escrita e sinalizadores do ambiente. Mas não se trata simplesmente de um conjunto de fichas. Um olhar mais apurado enxerga que o trabalho com TEACCH® pressupõe levar em conta características do indivíduo para analisar o que precisa ser eliminado do ambiente – geralmente, estímulos sensoriais, que perturbam e confundem –, e transformar materiais de acordo com o que a criança compreende e precisa, além do uso de imagens. Tudo isso com o objetivo de fazer a criança com autismo se tornar, passo a passo, mais autônoma, e ter menos comportamentos disruptivos.
Saiba mais aqui