Autism Diagnostic Interview-Revised – ADI-R (Entrevista diagnóstica para autismo revisada) foi desenvolvida por Lord, Rutter, & Le Couteur, 1994, é uma revisão da ADI, que deve ser administrada junto aos pais, com o objetivo de obter descrições detalhadas dos comportamentos que são necessários para o diagnóstico diferencial dos Transtornos globais do desenvolvimento (TGD), e especialmente para o diagnóstico de autismo.
A versão original da ADI foi planejada com propósitos de pesquisa e visando completar a avaliação comportamental de sujeitos com idade cronológica de 5 anos, e idade mental de pelo menos 2 anos. A versão revisada, foi resumida e modificada para adequar-se a crianças com idade mental de aproximadamente 18 meses até a vida adulta, e está vinculada aos critérios do DSM-IV e da CID-10.
A entrevista é aplicada em aproximadamente 1 hora e meia para crianças de até quatro anos, e torna-se um pouco mais demorada quando se trata de crianças mais velhas. A pontuação é feita baseando-se no julgamento do entrevistador com relação aos códigos que melhor representam os comportamentos descritos pelo entrevistado.
Eles variam de “0” a “3”, onde: ”0” significa que não há o comportamento do tipo especificado; ”1” representa que o comportamento do tipo especificado provavelmente está presente, mas não cumpre totalmente o critério; ”2” significa que há comportamento anormal definido do tipo descrito na definição e codificação; ”3” é utilizado ocasionalmente para indicar extrema gravidade; ”7” serve para indicar anormalidade que difere da dimensão em questão. São pontuados comportamentos atuais, com exceção daqueles presentes em apenas um determinado período da vida, como por exemplo o jogo imaginativo.
O algoritmo especifica as notas de corte da seguinte maneira: ”8” para os itens relacionados à comunicação, quando se trata de pessoas verbais, ou capazes de se comunicarem, e ”7” para sujeitos não-verbais (não-verbal significa pontuação ”0” em “nível de linguagem”).
Para todos os indivíduos, verbais e não-verbais, as notas de corte são um mínimo de ”10” sobre os itens que se referem à interação social e de ”3” para os itens que dizem respeito aos comportamentos estereotipados e repetitivos.
Para cumprir os critérios diagnósticos esboçados pela CID-10 e pelo DSM-IV, o sujeito tem que satisfazer os critérios em cada um dos três domínios citados anteriormente (comunicação, interação social e comportamentos estereotipados), obtendo a pontuação mínima em cada um dos domínios, bem como exibir alguma anormalidade em pelo menos um destes domínios até os 36 meses de idade, obtendo uma pontuação mínima de ”1”.
Além disso, os itens da entrevista que recebem pontuação igual a ”3”, e quando pontuados no algoritmo recebem nota ”2”, para evitar julgamento impróprio de qualquer sintoma único. Assim, para se fazer um diagnóstico de Autismo Infantil, o comportamento do sujeito deve igualar ou exceder as notas de corte para todos os domínios avaliados.
Fonte: http://www.institutoinclusaobrasil.com.br/instrumentos-diagnosticos-para-avaliar-o-autismo/