A intervenção, de forma geral, se caracteriza por uma avaliação inicial minuciosa do comportamento da pessoa, que leva à identificação dos comportamentos que estão em déficit (em geral relacionados à interação social e à linguagem) e em excesso (comportamento estereotipado, interesse exageradamente restrito a certos temas ou objetos, apego excessivo a rotinas, comportamento autolesivo e agressivo).
Um plano de intervenção individual é elaborado com base nessa avaliação, onde se ensina o que está em déficit e se trabalha para reduzir o que está em excesso. Esse plano é reavaliado periodicamente. A intervenção é mais eficaz se for precoce, intensiva, duradoura e abrangente (incluindo a família, escola etc). O principal processo psicológico subjacente é a aprendizagem.
Por Romariz Barros, Dr. O psicólogo Romariz Barros explica, em entrevista concedida a Hyndara Freitas do Jornal Estado de São Paulo (disponível em 23/09/2018), como ela é aplicada. Barros é psicólogo, mestre em teoria e pesquisa do comportamento pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e doutor em psicologia pela USP e analista do comportamento acreditado pela Associação Brasileira de Psicologia e Medicina Comportamental (ABPMC). Atualmente, leciona no Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento da UFPA.