A musicoterapia tem surgido cada vez mais como uma intervenção terapêutica indicada para crianças com diversas patologias, incluindo a perturbação do espetro do autismo. O presente relatório descreve o trabalho levado a cabo no âmbito do estágio curricular do curso de mestrado em musicoterapia na Universidade Lusíada. A intervenção musicoterapêutica foi realizada numa escola de ensino básico e pré-escolar com oito crianças com idades compreendidas entre os 4 e os 13 anos, diagnosticadas maioritariamente com perturbação do espetro do autismo (PEA), e minoritariamente com atraso global do desenvolvimento (AGD) e problemas comportamentais (PC). As intervenções terapêuticas foram individuais e basearam-se nas técnicas da improvisação. O principal objetivo deste estágio foi o de verificar os efeitos da improvisação musicoterapêutica na intervenção com esta população-alvo em contexto escolar, com especial intuito de despertar as crianças para a relação com o outro. Foi realizada uma análise mais aprofundada de dois casos de crianças com PEA com 5 e 13 anos de idade. Através das avaliações realizadas no início, meio e final da intervenção, verificou-se que a musicoterapia tem efeitos benéficos nesta população, principalmente na área social e comunicacional.
Fonte: http://dspace.lis.ulusiada.pt/handle/11067/3749